Diele Monteiro

Estar no voo da trip, na espectativa de sentir o sol escaldante que só lá tem, não ha embrulho no estômago melhor que a anciedade de descer o ladeirão da conceição, e também de escutar as ondas quebrando na praia do meio, ha seu mar a seu céu, é a sensação de estar em outro mundo. Tardizinha no boldró ver o pôr do sol, sem explicação, e aquela famosa carona nos bugues de plantão. Pra fazer um mergulho é na praia do sueste, toda equipada pronta pra entrar e com os tubarões nadar sacar as arraias e ver a tartaruga respeirar e em fim pra borda voltar. No porto o barco espera para fazer aquele tour pelas praias mais lindas do Brasil, entre elas a do leão que rugi ao entrar e sair das aguas. Lá nao ha quem não tenha visto o grupo de guarda trabalhar eles pulam, se amostram e fazem pensar que não ha nenhuma estrategia em pular. Usar a imaginação olhando pro pico e dependendo do angulo ve o gorila, sereia e pensador é tão lindo que atrai, não ha melhor trilha que tenha feito, o caminho é longo as mabuias rastejando pelas pedras e as cafifas enfiadas nas articulações, muitos galhos a serem quebrados e muitas pedras a serem ''escaladas'' não ha como não se apaixonar por tamanha beleza quando no topo chegar. Na pizzaria ao som do falcão, a galera delirando e saindo do chão, bem depois a velha tapioca pra matar o laricão. Se quizer desce no cachorro pra ver o forrozão. Quando estar amanhecendo corre pros dois irmãos ver o sol nascer, é emocionante meu irmão. Mas que maravilha a vista da cacimba o mar cheio de pontinhos esperando o swel chegar, e os mubebos com seus peixes a desputar. Quem tiver coragem vai no buraco do galego e da um flexeiro, a estadia no Zé Maria não é pra qualquer um não é so pra grandão, a trilha do atalaia não fiz mas dizem que perdi porque ô lugar lindo, todo mundo quer ir! Quando a fome bate tem maezinha, ousadia e o açai. Mas se dia de domingo não tinha nada pra fazer, desce no cachorrão pra ajudar a cantar parabéns na lingua do cão. Noronha, mas bela ilha não tem, depois da viagem me sinto refém, nunca vou esquecer dos momentos nem de ninguém. Andriele Monteiro [ imagem do Pico]